Otimização: Due Diligence: o que é e qual sua importância?

Segato Contabilidade • 22 de setembro de 2022

Toda empresa precisa fazer negociações, operações financeiras, investimentos e outras práticas de risco, não é verdade? Por isso, uma análise aprofundada, antes de realizar as transações corporativas, é crucial para evitar problemas que podem até mesmo levar a organização à ruína.


É aí que entra o Due Diligence, uma estratégia que envolve um estudo criterioso e uma avaliação detalhada antes da realização de um processo de investimento.


A seguir, vamos explicar melhor sobre o assunto e por que implementar essa prática é tão importante para as companhias. Confira!


O que é Due Diligence?


O conceito pode ser definido como um procedimento de pesquisa aprofundado dos dados e informações de uma instituição, a fim de avaliar os riscos e as oportunidades de um negócio.


Ele pode ser usado tanto em transações básicas, como compra e venda de produtos ou serviços, quanto em operações de alto investimento, como aquisições, fusões e parcerias entre corporações.


No primeiro caso, a estratégia serve para avaliar os problemas e a viabilidade da operação em situações como contratação de fornecedores, desenvolvimento de mercadoria e parcerias comerciais.


Já quando a organização pretende fazer uma aquisição ou uma fusão societária, o processo terá o objetivo de investigar documentos e arquivos de todo o histórico da outra companhia, avaliar as perspectivas para o futuro e descobrir informações ocultas.


Vale lembrar que essa prática pode ser aplicada em diversos setores corporativos, englobando a parte contábil, fiscal, jurídica, trabalhista, previdenciária, ambiental, tecnológica, entre outras.


No âmbito financeiro, por exemplo, são analisadas as demonstrações contábeis, a situação monetária da empresa, os passivos em relação às obrigações atuais e futuras e os riscos e as oportunidades de negócio.


Qual a sua importância?


O processo de Due Diligence é importante em qualquer atividade que envolva investimentos, gastos ou riscos.


Ao implementar essa prática, externa ou internamente, é possível prever ameaças, analisar oportunidades e tomar as medidas cabíveis para evitar que a companhia apresente problemas ou prejuízos no futuro.


Se a sua organização pretende adquirir ou incorporar novos sócios, por exemplo, essa estratégia ajudará a descobrir:


  • se o investimento é viável;
  • se as obrigações legais e tributárias estão em dia;
  • se o fluxo de caixa é saudável;
  • se há boas projeções financeiras;
  • e outras informações relevantes para a sua tomada de decisão.


Além disso, implementar o Due Diligence internamente permite ter uma visão precisa e real da situação da empresa. Você poderá, por exemplo:


  • avaliar a situação contábil e fiscal, desenvolvendo estratégias para evitar prejuízos;
  • diagnosticar e prever os gargalos do negócio e, assim, tomar melhores decisões, otimizar processos e solucionar problemas;
  • descobrir as fraquezas e os pontos fortes, assim como as ameaças e as oportunidades;
  • identificar possíveis fraudes ou irregularidades nas relações com fornecedores, clientes, parceiros e funcionários, buscando garantir o compliance da empresa.


Quais são as principais análises de due diligence?


Vimos que reunir dados, investigar, analisar e identificar riscos potenciais é a base do conceito de due diligence. Paralelamente, como essa tarefa caracteriza-se por ser abrangente e complexa, convencionou-se a classificá-la em diversos tipos.


Conforme você verá a seguir, cada categoria possui seus próprios procedimentos e abordagens, mas todas elas possuem o mesmo objetivo: definir qual a situação e concluir se vale a pena seguir um determinado caminho, a partir de uma investigação aprofundada do aspecto em questão. Vamos conhecer os 6 principais tipos de análise.


Due Diligence de Compliance


Conforme o próprio nome sugere, nesta diligência, verifica-se se a efetividade de uma empresa em relação ao seu programa de compliance


Caso essa organização não tenha um programa estabelecido, ela também pode ser aplicada, já que é justamente através dela que será verificada a situação atualizada daquele negócio, bem como as ameaças relacionadas.


Em linhas gerais, é analisado se a companhia possui determinado potencial de praticar atos ilícitos, irregularidades e aparições midiáticas. O due diligence, geralmente, é usado em negócios feitos com terceiros, como fornecedores, além de fusões.


Due Diligence de Terceiros


Quando uma instituição planeja contratar serviços ou estabelecer parcerias, é este tipo de estratégia que ela aplica.


A análise minuciosa da outra empresa é feita com o intuito de levantar possíveis irregularidades, desvios, medir o comprometimento com clientes e analisar práticas de natureza ética e sustentável.


Due Diligence em Fusões e Aquisições


A due diligence em fusões, tal como o nome sugere, é colocado em prática quando existe o interesse em se associar a outras organizações. 


Assim, a companhia que está envolvida nessa, é investigada com o objetivo primário de confirmar se aquele será um bom negócio, mitigando gargalos de qualquer natureza


Geralmente, ambas as organizações fazem, respectivamente cada uma delas, sua própria due diligence.


Due Diligence Ambiental


Ela busca apurar se a empresa respeita e atua em consonância com a responsabilidade sustentável. Por exemplo, é através dessa abordagem que se analisa a contaminação do solo ou da água durante o desenvolvimento das atividades do negócio.


Essa estratégia é muito importante, pois além da necessidade de preservar e atuar em harmonia com a natureza, a companhia possui responsabilidade por eventuais danos cometidos ao ecossistema, conforme a Constituição Federal e a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81).


Due Diligence Trabalhista


A Due Diligence Trabalhista, possui como objetivo pesquisar todos os documentos e práticas internas no que se refere à legislação trabalhista e previdenciária da corporação. Isso engloba todas as relações com os colaboradores e prestadores de serviços que há dentro do sistema.


Portanto, questões como segurança do espaço de trabalho e dos próprios colaboradores, higiene e saúde dos associados também fazem parte desta abordagem. 


Checar antecedentes criminais, casos antigos de assédios ou situações que tenham colocado em evidência a reputação do negócio, também são levados em consideração.


Due Diligence preventiva 


Consiste em uma investigação abrangente e completa que levanta e analisa a fundo os riscos e oportunidades que envolvem a companhia. Ela também envolve todas as áreas: financeiras, jurídica, fiscal e contábil


Como se trata de um processo interno, esse estudo possui foco nos arquivos e nos próprios processos. Pelo fato da iniciativa partir de dentro, ou seja, da própria empresa, é uma ótima maneira de entender melhor a saúde do negócio, seus pontos fracos e fortes e potencializar a tomada de decisões. 


Como você pode ver, esta estratégia é um processo essencial para mitigar ameaças e, assim, melhorar os rumos da organização e garantir a sua sustentabilidade.


Por fim, lembre-se de que a prática é ampla e complexa e, por isso, é recomendável ter especialistas capacitados para isso. Com um time multidisciplinar, com advogados e contadores, por exemplo, seu processo de Due Diligence será muito mais eficaz.


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